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Ilha Grande

Considero Ilha Grande como minha primeira trilha. Foi em 1995, feriado de finados, se não me falha a memória, eu tinha apenas 16 anos. Fui convidado pelo Chico que estava indo com sua irmã, a Patrícia. O Carlos completou o quarteto. Apesar de sempre viajar nas férias com minha família, já ter viajado com a escola e com coleguinhas de sala, lembro de ter ficado encantado com a natureza, com a possibilidade de sair da minha bolha e descobrir um mundo incrível ao meu lado. O Chico e a Patrícia eram mais descolados, viajavam sozinhos e estavam acostumados com as belezas de Ilhabela. O Carlos também era mais vivido, sempre ia para Santos e Itapeva. Para mim foi diferente, uma espécie de rito de passagem, o nascimento de algo dentro de mim, que ao mesmo tempo que preenchia uma necessidade até então desconhecida, abriu um vazio enorme e um desejo de contemplação do mundo que, acredito, existirá até mesmo após meu último suspiro.  

Esqueci muito da trip, mas basicamente tomamos um bumba para Angra dos Reis e de lá pegamos um barquinho (de pescador mesmo) até a Vila do Abraão. Ficamos todos no mesmo quarto no Albergue da Juventude. De lá fizemos a base para os rolês. Alguns de escuna e alguns por trilha mesmo. Lembro de algumas passagens, como o Carlos acertando quem era o assassino (Adalberto) no final da novela (Próxima Vítima), a galera ficou puta porque ele falava isso sem parar desde antes do JN; lembro de jogarmos futebol americano com os caiçaras na areia; lembro de nos perdermos numa trilha, nós brigamos, nos separamos  e quando estávamos já preocupados encontramos um varal com roupas e o caminho da civilização; lembro das águas calmas e transparentes que me encantaram por demais. 

Enfim, longe de ser a melhor viagem da minha vida ou o lugar mais bonito que já estive, aquela trip foi o primeiro passo da caminhada e talvez, por isso, o mais importante.