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Chapada da Diamantina - Cachoeira da Fumaça



Acordamos cedo, café da manhã caprichado e partimos para a Cachoeira da Fumaça (por cima). Hoje seria o nosso primeiro dia de trilha na chapada. Estrada de terra, sol rachando o coco, e logo estacionamos perto da entrada da trilha. Nosso guia, Paulinho PT, novamente não seguiu conosco, assim como nos outros dias, ficou no carro esperando. Mas acho que ele estava com problemas de saúde, talvez diabetes e depressão por perder a esposa (ela saiu de casa). Ali já rolou um esqueminha porque agendamos o almoço num buteco/lanchonete/restaurante e depois descobrimos que a dona do estabelecimento era a prima dele. Mas beleza.

A trilha não tem erro, uma reta só, aliás, é possível observar de longe, na estrada, o caminho intemperizado e erodido no morro. Logo, driblamos uns ripongas vendendo "artesanato" e uma associação de monitores cobrando alguma contribuição e já estamos subindo. Não existe portaria nem ingresso, inclusive tinha um pessoal do IBAMA por ali, talvez bolando algum manejo, sei lá. Como eu estava bem fora de forma, cansei um pouco, mas logo chegando num mirante deparei-me com um vendedor e seu isopor cheio de coca-cola. Obviamente redistribui renda e aproveitei para hidratar-me. O visu é bem bonito, agradável, mas tinha uma galera, muito gringos. Era possível observar a entrada do Vale do Paty pelo Capão, no dia seguinte estaríamos ali. Quase todos os coleguinhas turistas estavam com guia, pessoal não gosta muito de turista sem guia, alguns olhares atravessados. Algum tempo depois já estamos na parte de cima do morro, bela paisagem.

Mais alguns minutinhos e alcançamos o mirante principal. Lindo, lindo. Muito legal. Um pequeno congestionamento para ficar na beirinha e tirar fotos. Só faltava uma sombrinha, sol incomodando. Bom, milhares de fotos, mini cagaço de olhar para baixo na beirada, um segura o outro, bem divertido. Aos poucos a galera foi vazando e por alguns instantes tivemos o pico praticamente só para nós. Na verdade este rolê da cachoeira da Fumaça geralmente é vendido com outro rolê junto, tipo mais uma cachoeira para banho, mas decidimos ficar mais tempo para curtir o pico mesmo. 

Caminhamos até outro mirante à direita da cachu, onde era possível ver a queda do vaporzinho da cachoeira da Fumaça. Estava bem fraco mesmo, provavelmente pela época. Mais um tempinho sussa e decidimos retornar, a fome já surgia. Tão logo estamos novamente na trilha, lembro que deixei meus óculos para trás e retorno para procurá-los. Depois de um tempo encontrei e prosseguimos. Já quase no fim paramos um pouquinho para descansar antes da última decida até o povoado, lá o visu também é bonito. Eu estava bem cansado, e um pouco preocupado para o dia seguinte, a travessia do Paty. Chegamos e almoçamos no restaurante/boteco indicado, comida ruim, não curti. Partimos para Palmeiras e fizemos um mercadinho para a trilha de 4 dias. Óbvio que exageramos um pouco. Já na pousada combinamos de sair cedinho (07:00) com o Paulinho PT, só o pagaríamos na manhã seguinte, quando ele nos deixasse na entrada da trilha no Capão. Aproveitamos para definir todo roteiro da travessia e pegar dicas preciosas com o Léo Gatão. Ele ainda não se conformava de estarmos indo fazer sozinhos, sem guia, a caminhada. Hora de nanar e guardar as energias.

A Cachoeira da Fumaça é muito bonita, ticado com louvor, mas existem picos ainda mais deslumbrantes na própria chapada. Gostei muito de conhecê-la, mas não pretendo voltar tão cedo.  



Chapada da Diamantina - Lapa Doce

Acordamos cedo, um banho rápido e pamonhas no café da manhã! Que delícia! Tinha pastel de banana também... muito bom. Mochilas arrumadas fomos conhecer nosso guia, o Paulinho PT, que já nos aguardava na recepção. Aliás, ele não foi bem um guia, ficou mais para motorista, mas valeu, era o que precisávamos. Carro com ar condicionado (Deus é pai), partimos rumo à nossa primeira parada, a Lapa Doce. Depois de um tempinho de estrada e forró calcinha preta rasgando o tímpano chegamos. Mas, de cara, não tive uma boa impressão. Mal pagamos a taxa de extorsão e o guia local já veio falando mal da minha lanterna, começou a apressar a gente, puta má vontade. Peguei birra, já era. Pelo menos, aparentemente, não falou nenhuma besteira muito grave. Obviamente prestei atenção em cada vírgula. 

Caminhada tranquila e descemos para a gruta, alguns espeleotemas, mas nem se compara ao PETAR. Logo já surgia um grupo atrás de nós, era possível observar um grupo logo à frente também. Rolê 100% turístico, zero exclusividade, muito me lembrou meu tempo de guia de turismo, via a desmotivação no rosto dos caras, discurso automático. Sempre nos adrenando para ir mais rápido, e ter mais tempo para pegar outros grupos, o guia local foi nos conduzindo pela Lapa Doce. Em determinado momento tentou apagar a lanterna e fazer um black-out mas não rolou legal, muito barulho, muita claridade, o espaço percorrido é muito pequeno e tinha muita gente. Não curti.  





Chapada dos Veadeiros - Quilombo Kalunga

Depois de um tempinho de estrada de terra chegamos ao quilombo. A presença de um condutor local é obrigatória, como já estávamos com o guia não foi preciso contratar mais ninguém, apenas pagamos a taxa de extorsão (R$ 10,00) e entramos. Paramos rapidamente no restaurante da comunidade para agendarmos o almoço e fomos motorizados até as cachoeiras. Na volta das cachus, desfrutamos da refeição e, com muito calor e sol bombando, partimos rumo BSB. Tempo ainda para curtir um mirante onde observamos a Cachoeira da Ave Maria. Bonito. Nada de trilhas, só vislumbramos a paisagem. Ticado agradavelmente.


SP - Parque Anhanguera

Visitar o Parque Anhanguera era um projeto antigo, adiado por quase 10 anos. Lembro que logo após sair do Parque Estadual da Cantareira eu comentei com o Bodão para fazermos uma visita por lá, afinal é uma baita mancha verde no mapa da cidade. Quando eu tentei conhecer todos os 100 parques de São Paulo também ensaiei uma visita e nada. De última hora, numa troca de e-mails decidimos ir conhecê-lo. Carlota não pode ir, fomos apenas eu e Muller. Fizemos um mercadinho para o piquenique (não queríamos cometer o erro de Santo André) e marcamos na Barra Funda. Um certo atraso e descemos na Lapa. Tivemos dificuldade para achar o ônibus correto, pessoal nos ajudou e embarcamos num bumba (Perus) cujo número não estava nem no site da prefeitura, nem no da sptrans.  


Depois de um rolê pela Rodovia Anhanguera o busão entrou na Estrada de Perus, de pronto reconheci um boteco que havia visto no google street view e já dei o sinal, foi certeiro. Paramos ali no meio da estrada mesmo, andamos uns 50 metros e já estamos na portaria do Parque Anhanguera. De uma forma geral ele é uma antiga fazenda de reflorestamento de eucaliptos, bem conservado, muitos funcionários na segurança e limpeza. Porém a sinalização é péssima. Basicamente o uso público se resume à uma ciclovia que margeia um miolo formado por quadras, churrasqueiras, estacionamento, alguns bosques e alamedas. Tudo isso, sem contar as centenas de cachorros simpáticos que moram por ali, certamente abandonados à própria sorte por animais sem coração.

Seguimos por uma trilha bastante larga acima das quadras. Depois de alguns minutos de subida ela termina numa espécie de cerca, com uma picada à direita em descida. Caminhamos um pouco pela descidinha e depois retornamos imaginando que a nova trilha nos levaria de volta à estrada de Perus. Localizamos um outro caminho que saia à esquerda da trilha principal e seguimos por ele. Alguns minutos e milhares de eucaliptos depois a trilha se fechou quase completamente. Estávamos sem bússola, gps ou mapa, marcamos o horário e começamos a fazer um mini vara-mato. A trilha é bem legal, muito fechada, nenhum vestígio de atividades recentes, inclusive com vários pássaros nos recepcionando. Porém, estava um pouco tenso, não pelo medo de me perder ou pelas possíveis peçonhentas, mas sabia que as redondezas não eram das melhores no que tange ao bicho homem, e não queria ser desovado em Perus.   

Passamos por 2 bifurcações, sempre mantendo à esquerda, na direção de retorno circular ao centro do parque. Depois de uns 40 minutos encontramos um córrego e imaginamos que poderia ter uma outra trilha que chegava por ali. "Batata", assim que atravessamos já visualizamos uma trilha bem maior, inclusive com algum lixo. Subimos por ela, uma bifurcação e alguns minutos e já estávamos na ciclovia.

Pic-nic, orquidário, rolê na ciclovia e uma exploração em outra trilha (dava numa estrada com uma casa abandonada, decidimos retornar). O parque estava cheio, alguns aniversários nas churrasqueiras, bikes e estacionamento lotado. Já era hora de dar tchau, fomos bater um papo com os seguranças sobre as possibilidades de trilhas e eles nos informaram que a trilha que fizemos não era permitida, inclusive perigosa pela proximidade com uma comunidade junto ao parque, sendo refúgio de nóias da região. Assim, nossas suspeitas se confirmaram e aquela descidinha que abortamos no início era uma ligação com a favela vizinha. 


Saímos por outra portaria e pegamos um bumba até a Estação Perus da CPTM. Passamos por um baita acidente de carro, triste, Então, ao invés de pegarmos sentido Luz, embarcamos, propositadamente, sentido Jundiaí. Baldeação em Francisco Morato e depois de um tempo chegamos à centenária estação, ponto final da EFSJ. Já anoitecia e estávamos cansados. Compramos uma passagem de ônibus para São Paulo. Destino Barra Funda, mas o motora foi p/ o Tietê! Mas ok, sem stress.    

Roteiro muito sussa, ticado agradavelmente, mas sem pretensões momentâneas de retorno. Valeu pelo sábado.



Chapada dos Veadeiros - Ponte de Pedra

Acordamos cedo, café da manhã mega natureba com música celta bombando ao fundo. Mochilas abastecidas e aguardamos a chegada do Zé Pedrão, nosso guia (R$ 100,00). Não queríamos a presença de um condutor conosco, não pelo R$, mas porque é mais legal descobrir os caminhos sozinhos. Todavia, hoje seria obrigatório, e a entrada para a Ponte de Pedra se fazia por uma propriedade particular (pousada Vale das Araras). Mais tarde descobriríamos o quanto perderíamos sem a presença do guia neste dia. Após um breve passeio pela cidade de Cavalcante seguimos rumo à Ponte de Pedra. Depois de algum tempo de estrada já pagávamos a taxa de extorsão na pousada base p/ trilha. Observamos, pelas datas no livro de visitas, que fazia um tempinho que ninguém encarava a referida caminhada. Zé Pedrão, um condutor diferenciado, não parou de falar 01 minuto, amizade à primeira vista com a Carlota. Não aguentava mais a história do pastor que benze por telefone, não adiantava, não iria anotar o número do celular dele. Aqui o caminho de terra fica bem mais complexo, exigindo bastante esforço do Land Rover/Palio, era uma estradinha bem fechada pelo mato.

Findada a possibilidade de continuar motorizados, pé na trilha para nós. Com guia é bem mais fácil, não ficamos preocupados com desvios e entradinhas. Seguimos o Zé Pedrão e, de cara, uma baita subida. Aqui eu cansei, cheguei lá em cima morto. Agora começava a maravilha, a caminhada rumo ao atrativo é linda. Certamente as fotos não irão retratar o espetáculo. Estava um baita vento e um baita sol. A cada curva uma nova paisagem, muito legal. Interessante era notar que, diferentemente das outras trilhas, aqui não haviam pegadas no chão, realmente um rolê muito exclusivo. Trilha sussa, uma caminhada agradável. Logo alcançamos a Ponte de Pedra e Zé Pedrão já foi avisando que não poderíamos escalar a rocha. Tranquilo, o visu já era exótico e recompensador. Parada para o lanche e agora subimos para o alto do morro, rumo ao mirante. Mais uns minutinhos e um visu de perder o fôlego. Lindo, lindo, lindo. Aqui era uma paisagem mais monumental, uma bela vista da Chapada dos Veadeiros. 

Nos aventuramos em algumas beiradinhas e penhascos, o vento chegava a incomodar de tão forte. Lá de cima o Zé Pedrão nos mostrou um poço com uma cachoeira na beira do precipício e disse que iríamos até lá. Não entendemos muito bem, mas tranquilo, ele falava tão rápido que só 25% das palavras conseguíamos processar. Aqui um momento triste: não sei como e nem onde, mas minha calça rasgou de ponta a ponta, minha calça novinha, não tinha 12 anos de uso. Foi um baque! Luto! Tinha maior xodó por ela, resgatei-a 3 vezes do lixo, mas dessa vez não teve jeito. O que me consola é que tenho certeza de que partiu em paz, fazendo o que ela mais gostava, e num pico maravilhoso. Pendurado num penhasco e tentando tirar fotos, sinto uma picada doída na coxa, de repente outra, estou sendo atacado por abelhas, largo a máquina no chão e volto para para terra firme, mais dois ferrões para coleção. Caraca que inferno, agora elas iriam passar o dia todo em cima do meu corpinho. Não sei se era meu desodorante, protetor solar ou alguma planta que esbarrei, fato é que até o final da trilha servi de aeroporto para centenas de abelhas, marimbondos e insetos venenosos em geral. 

Depois de um tempo brincando no topo decidimos voltar para a Ponte de Pedra e tentar mergulhar no riachinho. Prontos para molhar a tanguinha e Zé Pedrão indica um outro caminho para o mergulho: o canion! porra como assim? depois do canion é o penhasco! mas não é que era isso mesmo, sem o guia nunca saberíamos que poderíamos ir nadando pelo canion até alcançar a beira da cachoeira que escorria pelo precipício. Muito show. Lugar único. Fiquei um bom tempo dentro d´água por causa dos marimbondos assassinos apaixonados por mim. Lugar espetacular. Na face oposta tem um paredão gigante, dando uma ideia de lugar escondido, curti demais. Milhares de fotos.

Já enrugadinhos pela piscina começamos nosso retorno. Estava cansado. Na volta a trilha ficava mais bonita com o sol da tarde. Na descida final o Carlota escorregou e torceu o joelho de vidro operado meses antes, momentos de tensão. Felizmente nada grave, continuamos até o estacionamento. O retorno pela estradinha foi bem ruim também, em vários momentos tivemos que descer para a caranga conseguir encarar as subidas. Os carrapatos agradeceram e se lambuzaram comigo. Fomos direto para o centro de Cavalcante encarar um almojanta. Zé Pedrão indicou um self-service por quilo bem meia boca, comida fria, na verdade quase gelada. Nem deram cortesia para  o guia, pagamos sua parte. Mas com a fome que estava, papei e repeti lambendo os beiços. Retorno para pousada e já acertamos o dia seguinte: comunidade Kalunga com as cachoeiras Capivara e Santa Bárbara. Banho quente, caça aos carrapatos e mais um bate papo agradável com o pessoal da pousada, éramos os únicos hóspedes. Ticado com louvor, com certeza foi o rolê que mais gostamos na Chapada dos Veadeiros. Quando abrir a portaria do Parna em Cavalcante pretendo voltar e refazer esta trilha.   



Santo André - Parque Central

O Parque Central da cidade de Santo André é um lugar bastante agradável, com ciclovia, trechos p/ caminhada, muitos lagos e possivelmente todos os cães da região passeando. Demos um rolê tranquilo e, próximo ao meio-dia, nos dirigimos ao Sabina, que ficava no muro ao lado do parque. Aqui uma observação: não existe uma portaria que ligue os dois parques, sendo necessário caminhar num trechinho meio feio numa viela da favela, obviamente o Carlão se esvaiu em fezes.


Parque Nacional da Serra das Confusões - PI

De tão incrível que foi, deixei o relato para mais tarde, queria fazê-lo de modo caprichado, único, não queria esquecer nenhum detalhe, mas os anos se passaram e ele nunca foi escrito. Agora a memória é falha, e as escassas fotos pouco ajudam, mas uma hora é preciso escrever, mesmo que infelizmente muito se tenha perdido da lembrança da caminhada. 

   
Verão de 2006, eu e Alex decidimos fazer uma trip diferente, atravessamos e sertão do Piauí até alcançar os Lençóis Maranhenses. Uma das paradas foi justamente o Parque Nacional Serra das Confusões. Quando dormimos na cerâmica da Serra da Capivara, a mulher havia nos indicado, segundo ela, o único guia que fazia o parque das Confusões, Waltércio era o nome dele. Contato feito, arrumamos uma carona para Caracol na caminhonete do próprio IBAMA e, lá na cidade, contratamos o transporte que iria nos deixar no parque e nos buscar 2 dias depois. Ficamos 3 dias e duas noites (acampando) no parque.

Dia 01 - No primeiro dia saímos de Caracol e fomos até a comunidade de Guaribas que fica dentro do parque. A estrada é surreal, aberta por picaretas no meio das rochas. Fomos de jeep porque carro normal não chega. No meio do caminho pedimos para parar um pouco, visual impressionante, fotos. Atravessamos a comunidade pela estrada de areia e poeira fomos até o início de uma trilha que chegava até um olho d´água. O transporte nos deixou, não dava mais para continuar, nem 4X4. Combinamos de nos encontrar ali mesmo 2 dias depois. Partimos, então, eu, Alex, Waltércio e um galão com 18 litros d'água para um rolê inesquecível. Andamos até um sítio abandonado dominado pela caatinga. Montamos as barracas no terreiro. Dezenas de escorpiões. Tipo que nem barata, você espera um pouco e surge algum. Milhares de insetos, abelhas mutantes gigantes. Muito marimbondo também. Achamos o olho d'água. Difícil era ter a coragem de beber dele. Nesta primeira tarde exploramos brevemente a parte de baixo, não subimos nos morros, fomos dormir cedo. Ainda me lembro do céu forrado de estrelas e o horizonte sem luz elétrica, completa escuridão.

Dia 02 - Acordamos com os insetos batendo nas laterais da barraca, parecia um alvo, tipo um aeroporto, barulho ensurdecedor. Logo Waltércio aparece com um morcego que estava sendo atacado por um gavião. Café da manhã e partimos para a caminhada. Nos embrenhamos em várias trilhas e picadas por ali. Show de bola, tudo muito diferente. Pinturas rupestres, caatinga, muita fauna também. Me agachei para tirar uma foto e quando vou apoiar a mão vejo algo estranho na serrapilheira. Uma jibóia! Viro para meus colegas e falo: tem uma jibóia aqui. Eles prontamente riem e duvidam. Mostro o local e logo ela sai do esconderijo. Fiquei um pouco preocupado quando Waltércio tentou pegá-la, ele dizia que era professor de biologia e que taxidermizava animais. Logo ele desistiu da brincadeira. Disse que, quando voltássemos, seria melhor nem comentarmos porque o pessoal era tão pobre na comunidade que eles iriam caçá-la para comer. De fato a comunidade Guaribas é paupérrima, tipo IDH africano mesmo. O Alex lembrou que ali foi o início do programa fome zero. Já tínhamos visitado algumas comunidades carentes e acampamentos sem terra quando éramos colegas na facu de geografia, mas ali o buraco era mais embaixo. Já naquela época viviam de esmola do governo, plantavam mamona, tentavam né. O clima, o solo e a água não contribuíam muito.

Subimos os morros, baita visu lindo! Sol rachando, claro. Andamos um pouco explorando as vertentes e descansamos num abrigo de pedra. De repente o show começou. Surgem duas águias chilenas e começam a fazer um verdadeiro balé para nós. Deveriam estar curiosas com nossa presença. Lindas, lindas. São enormes! Nunca tinha visto uma ave de rapina tão grande, apenas a harpia no zoológico. Inesquecível. Ficamos um bom tempo brisando no visual e, quando o sol castigava muito, nos escondíamos em algumas tocas por ali. À noite mais um show de céu estrelado e escorpiões pelo chão.

Dia 03 - Acordamos bem cedo, 06:00hs e já tínhamos acampamento desmontado, barriga cheia de mingau de aveia e pé na trilha para encontrar nosso transporte de resgate. Daí começou o problema. O Waltércio procurou fazer outro caminho para alcançar o ponto de encontro, mas as antigas picadas de animais (gado) acabaram por confundir (trocadilho hein) a navegação. Resultado: horas de trilha em meio à juremas afiadas que dilaceravam roupas, mochilas, braços e pernas. Entendi, literalmente na pele, porque o sertanejo usa roupa de couro. O negócio parece anzol, engancha/fisga. Isso sem falar do sol do Piaui na cabeça. Depois de um tempo encontramos outro olho d'água e o caminho para a estrada. 

Já na estrada de areia fofa, rumando em direção ao transporte encontramos o próprio resgate. Sorte? não, o pneu tinha furado! Simples, trocamos o pneu e adivinha: o estepe também estava furado! Sem problemas, tinha silver tape na mochila, fizemos um mega remendo e agora era só encher, mas como? Eles simplesmente tiraram um botijão de gás de cozinha de debaixo do capô!!! O jipe era movido à gás de cozinha!!! Enchemos o pneu, o jipe andou alguns metros e: esvaziou o pneu de novo. Mais uma tentativa, agora íamos a pé, no jipe só as mochilas e o motorista. Esvaziou de novo. Melhor parar de usar o gás do botijão, pois não iria ter combustível para voltar!!! Qual a solução? Retiramos a câmara de dentro do pneu e enchemos com folhas e arbustos!!! Surreal!!! Se não tivesse fotos nem eu acreditaria. Fato é que não conseguimos resolver o problema. Alcançamos um sítio, agora a pé, e o morador, paupérrimo mas riquíssimo de coração, ainda tentou com remendo de bicicleta resolver o impasse, mas sem chances. Detalhe, que me lembro bem, foi ele oferecendo café no único copo que tinha em sua casa. Marcou minha vida este fato. Não resolveu nosso problema mas agradeço a tentativa e hospitalidade. 

Seguimos até o centro do povoado. Um motoqueiro ofereceu, ao dono do jipe, carona até a cidade. Ficamos ali na escola batendo papo com o pessoal da comunidade de lá, estavam curiosos conosco. Já estava escuro quando voltaram com as duas câmaras consertadas. Trouxeram coca-cola gelada, nem tomei, dividi com a criançada. Agradecemos e partimos de volta para Caracol. Jipe veio à milhão na estradinha escura. Nos deixaram numa pousadinha e ainda queriam uma grana extra pelos imprevistos. Ignoramos e pagamos o inicialmente combinado. Estava rolando um velório e a cidade toda acordada, acidente de carro. Eram 3:30 da manhã quando entrei no quarto, quase 24 horas acordados e na tensão, apelidamos de "dia que não terminou". Logo o sol surgiu e pegamos o bumba de volta para São Raimundo Nonato.






Chapada dos Veadeiros - Vale da Lua

Pé na estrada e seguimos destino Vale da Lua.  Placas na estrada nos indicavam o caminho, não tem como errar. Estávamos empolgados com a visita, afinal é um dos cartões postais da Chapada. Chegando lá, pagamos a taxa de extorsão de R$ 15,00 por alma e entramos. Uma pequena trilha (minutos) e já alcançamos o Vale da Lua. Decepção total! Foi, de longe, o passeio que menos gostamos. O preço da entrada não condiz com a atração. Tinha imaginado aquele pico com dimensões consideráveis, mas é muito pequeno. Depois de tudo o que já havíamos visto, no Parna e na Cachu do Segredo, o Vale da Lua ficou muito inflacionado. Caminhamos um pouco sobre as rochas e depois demos um tchibun na água gelada. Aqui já tínhamos a companhia de uma família, era realmente mais turístico. Sinceramente não curti, ticado sem pretensões de retorno, serviu só para falar que conheço. 


Chapada dos Veadeiros - Cachoeira do Segredo

Acordamos cedo, tempo para um banho rápido, arrumar a mochila e tomar café. O Carlão havia conseguido algumas informações preciosas com o guia que conduziu o pai (Nonato) e o filho (Lucas), nossos novos companheiros, ao parque no dia anterior. Ele comentou que achou o condutor gatinho, mas não vem ao caso, além disso, o cara foi bacana, "deu toda letra pra nóis". O brother do ES desistiu de ir caminhar conosco, estava mais interessado em localizar uma casa de "massagens" com garotas nativas da região. Depois de alguma guerra pelo pão de queijo, escasso na cestinha de matinais da pousada, aguardamos nossos companheiros para iniciar a partida.

Pegamos a estrada e fomos direto para a Fazenda na qual encontra-se a famosa Cachoeira do Segredo. Aqui não tem erro, é só acompanhar as placas na estrada. Depois de devidamente paga a taxa de extorsão, ou visitação (R$ 15,00 por alma), a mulher perguntou: -mas vocês estão com guia né? Não contente com o silêncio em que se fizera o momento ela novamente indagou: -mas então vocês já conhecem a trilha né? Novamente o silêncio e um sorriso que prontamente recebeu a chave do cadeado da porteira da trilha. Iríamos na raça mesmo. Partimos rumo à cachoeira, de carro economizou um bocado de tempo, conseguimos adiantar uns 5 km de estradinha de terra e pedras. No caminho cruzamos duas vezes o rio. Carlota, piloto de fuga, mostrou toda sua destreza de penélope charmosa, principalmente na segunda travessia, que estava com o leito d´água um pouco fundo demais. Foi um ótimo teste para o Land Rover (palio) alugado, valeu cada centavo. Estradinha estava em condições muito boas, quando não dava mais para prosseguir, estacionamos a caranga e continuamos a pé. 

Iniciada a caminhada, observamos uma trilha tranquila, sem chances de desviar a rota. Em determinado momento fomos alcançados por um casal que também estava curtindo a natureza por ali. Aliás, curtiam um pouco mais que nós, pois nas 4 vezes que cruzamos com eles uma intensa maresia invadiu nossos olhos, narinas e pensamentos. Até cantamos um pouco de Bob Marley. Logo surgiu uma estradinha, fomos seguindo por ela. Sinais de que um trator recentemente passara por ali fazendo a manutenção. Certamente existe um outro caminho p/ se chegar de carro, economizando ainda mais pernada, mas beleza, no stress. Ao atravessar novamente o rio pela estradinha percebemos que o caminho acabava. O casal retornava do obstáculo e nos abordando perguntaram se estávamos sem guia. Respondemos que sim. O rapaz nos disse que conhecia muito bem o lugar, e então nos ofereceu seu serviço de condutor !!! Que cara de pau! Ele também estava perdido kkkkk. Obviamente ignoramos e rimos da situação. Demos meia-volta e logo depois de descruzar o rio já localizamos a trilha margeando o curso d´água. Seguimos por ela, (fica antes de cruzar o rio, margem direita, direção à montante = esquerda). O casal ficou para trás aguardando que mostrássemos o caminho para eles, ou que simplesmente nos perdêssemos, sei lá. 

Depois de atravessarmos o rio umas 857 vezes, chegamos num remanso muito bonito, água completamente cristalina, mergulho refrescante. Paradinha rápida e já continuamos com o pé na trilha. Depois de uns 30 min começamos novamente à margear o rio, mas desta vez o canion já se estreitava bastante pelas laterais. Só poderia significar uma coisa: estávamos chegando! Atravessa por aqui, por ali, pula mais algumas pedras, e finalmente a encontramos. Realmente a cachoeira é linda! Como diria o poeta Carlos Henrique, ela escorre pela vertente do canion formando mini-cachoeiras, coisa bonita de se ver. A cachu forma um poço extremamente convidativo para um tchibum. Não resistimos e pulamos. O Nonato e o Lucas ficaram em terra, preferiram a segurança da cueca seca. Água gelada! Gelada, renovadora. Mas é gelada mesmo! Não é apenas uma expressão, parece que milhares de agulhas estavam penetrando meu corpinho. Sorte que pulei de bota, entrando enfiei o pé num buraco nas pedras, poderia ter machucado. Hora do lanche. Logo o casal novamente nos alcança, e a mulher teima em dizer que conhece o Carlão de algum lugar. Piadinhas à parte, depois de meses descobrimos que ela conhecia, na verdade, o Roberto, irmão do Carlão (são parecidos). Eles haviam estudado juntos na facu em SP, depois ela mudou-se p/ chapada. Mundo pequeno. Fato é que pelo segundo dia seguido tínhamos a natureza praticamente apenas p/ nós, quase exclusividade total.  

Hora de retornar. Algum cuidado com o chão escorregadio e estamos na trilha. Tínhamos a informação de que a volta poderia ser por um caminho diferente, decidimos tentar fazê-la por outro trecho. Sábia decisão. Pegamos uma bifurcação à direita e caímos numa vereda bem bonita, muitas partes com visus abertos e sem proteção de árvores mais altas. Na ida iria incomodar aquele sol na cabeça, mas agora, com a luz do sol da tarde, a paisagem tornava-se ainda mais agradável. Demos algumas mini perdidas, na verdade só era o tempo de achar  a trilha que se ora se escondia, ora se ramificava demais, mas nada preocupante. Depois de algum tempo, e mais fotinhos, encontramos a estrada que tínhamos percorrido na ida. Atravessamos o rio e retomamos ao caminho conhecido. As trilhas se juntam numa casa abandonada perto de uma árvore bem frondosa na estradinha de terra. Mais alguns minutos de picada e chegamos ao carro. Agora era só encarar uma pirambeira de carro e as travessias do rio com o possante. Sobrevivemos. 

Retornamos em tempo de aproveitar o pôr-do-sol num mirante perto de São Jorge. Dizem que é um discoporto, que os ovnis estacionam lá. Tem até um cristal gigante embaixo de um portal feito com troncos secos. Aqui já temos companhia. Duas mulheres e um bebum (com som alto = chato mano). Um pouco de frio e cansaço se fazem presentes. Araquém Alcântara tira umas 1.500 fotos do entardecer, aproveitamos umas 3. Voltamos para pousada. Banho merecido, demos um rolê na cidade e aproveitamos para reabastecer os mantimentos no mercadinho. Refri descia que nem água. Repetimos a janta de ontem. Passar talco e dormir. Ticado com louvor, não é a cahu mais espetacular que já vi, mas é top, muito bonita, valeu a caminhada. Água é gelada. Não pretendo voltar.


Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros

Acordamos cedo, café da manhã e busca de informações com os coleguinhas de pousada. Partimos rumo à portaria do Parque Nacional (uns 2 km do centro de São Jorge), no caminho demos carona p/ um casal que logo evaporaram assim que estacionamos. Assinamos o livro de visitas e enchemos o cantil. Munidos do mapinha iríamos testar minhas reais condições físicas: 110 kg de gordura sedentária moendo as articulações, comprimindo meu pulmão e exigindo um esforço mastodôntico para amarrar a bota! O Carlão estava bem preparado fisicamente: 1 ano de musculação, natação e fisioterapia p/ o joelho rompido, ou seja, iria ser um massacre.  

Folder do parque em mãos, definimos um roteiro = Canyon + Cachoeira da Carioca + Saltos I e II. Pegamos a trilha rumo ao Canyon. Caminhada fácil, bem demarcada, bifurcações tranquilas, o sol tostava minha careca enquanto Carlota brincava de Araquém Alcântara com sua máquina nova. Durante os 5km de ida, passamos por belos visus, buracos de garimpo, algumas pinguelas com pouca água, outras secas, muitos lagartinhos e pássaros. Alcançamos nosso primeiro ponto de parada: o Canion II. Lugar muito bacana, ótima sensação de boas vindas. Curtimos bem o Rio Preto e suas ferrosas água escuras (e transparentes). Muitos peixes, demos alguns tchibuns refrescantes. Na saída encontramos um grupo, deviam ser gringos, ainda não sabíamos, mas seriam os únicos visitantes que avistaríamos durante o dia em todo parque! Vale lembrar de um casal de maritacas, curiosas, que ficou o tempo todo nos acompanhando!

Seguimos rumo à Cachoeira da Carioca, o sol ainda castigava minha cútis sensível, alguns mini canyons pelo caminho deliciavam nossos olhos e máquinas fotográficas vorazes. Tudo muito bonito. A trilha continuava muito bem demarcada, realmente não existia a necessidade de contratar um guia. Já chegando ao destino, descemos pela trilha (relativamente íngreme) e o cheiro de xixi impregnado nas narinas denotava que seria realmente o caminho certo. Nada que atrapalha-se o passeio, mais um banho refrescante nas águas escuras e geladas do Rio Preto, e já estávamos pronto para prosseguir na caminhada. Bacana que tem uma espécie de laje dentro da água, que dá para deitar, fica tipo uma banheira, muito bom, coisa chique, perdemos (ou ganhamos) ou bom tempinho por ali. 

Retornamos para a trilha, o sol estava rachando o côco, seguimos as setas pintadas pelo chão, mais uma horinha de caminhada num chão pedregoso. Comecei a cansar e diminuir o ritmo, algum sobe-desce e já me distancio do Carlão. Assim como Anchieta, rezei por uma sombra, e ela veio! Alguns minutinhos de nuvens tapando o sol me deram um novo ânimo. Chegamos finalmente ao Mirante do Salto do Rio Preto. É o cartão postal do parque, aquela foto famosa dos saltos d´água. Beeeeem bonito. Descansar e fotos. Descemos pela trilha até os Saltos para reabastecer o cantil. Dessa vez não houve mergulho. Estava entardecendo e decidimos de última hora seguir até às Corredeiras! Tínhamos, anteriormente, combinado que o Salto seria nossa última parada, mas a Carlota começou a chorar e já viu né. Subidinha chata e mais uns 30 minutos de caminhada que foram quase letais para o meu corpinho nada esbelto. Enquanto o Carlão ficava pentelhando lá na frente p/ eu acelerar, só pensava numa maneira bem dolorida de torturá-lo até a morte, assim que o alcançasse, claro.  

Chegamos, finalmente desabei na água, observamos o pôr-do-sol numa hidromassagem exclusiva nas Corredeiras. Muito legal, um cem número de cores pintavam as nuvens desenhadas no céu. Alguns casais de araras, lá do alto, nos faziam companhia. Fechamos o dia com chave de ouro, a sensação era de total exclusividade. Pensávamos: como pode? início de alta temporada, férias escolares e o parque sem ninguém?!?! Agraciados pela oportunidade de estarmos lá, muita coisa passava pela cabeça e ao mesmo tempo nada.  

Ainda faltava a volta, mas agora sem pressa, já havia escurecido mesmo. Me arrastando cheguei à portaria do parque. Somamos 21,5 km percorridos. Não teve erro, o folder com as trilhas é auto-explicativo, com direção e distâncias, não tem como se perder. Já era noite e o segurança vendo TV não demonstrou muita preocupação com nosso atraso, aliás nenhuma. Estávamos exauridos, mas ainda faltava a parte mais importante do dia: o almojanta! Gordo é foda, já saímos na caça de um lugar para comer. Indicado pelo funcionário da pousada, fomos a um restaurante em frente ao mercadinho, mas não tinha mais comida!!! Até tinha, o problema é que a dona deveria estar esperando por algum grupo, pois simplesmente fomos expulsos do lugar. 

Seguimos para outro estabelecimento, uma espécie de spoleto do lugar. Comida boa, revigorante. Alguns discos voadores pendurados no teto. Nas paredes ETs e fotos dos atrativos da região (úteis para nos dar um norte p/ seguir). Logo um pai e filho que estavam hospedados em nossa pousada sentaram conosco. Seriam nossas companhias no dia seguinte, pelo menos o destino já estava definido: Cachoeira do Segredo. Agora só faltava saber onde ficava e ir.

O Parque Nacional da Chapadas dos Veadeiros é bem legal. Foi ticado com louvor. Belas paisagens. Merece certamente uma outra visita. Disseram que iria abrir uma portaria em Cavalcante. Pretendo retornar para fazer a travessia das 7 Quedas (23 km).



Paranapiacaba (SP)

Passeio rápido pela Vila de Paranapiacaba no intuito de retomar, ainda que lentamente, o hábito das trilhas, passeios e viagens. E também pela enorme vontade de não mofar em casa. Saímos bastante tarde e nos encontramos (Muller + Carlota) depois das 11:00hs no Brás, de lá pegamos o trem direto p/ Rio Grande da Serra, e depois o ônibus sentido Paranapiacaba. Continua tudo igual, algumas construções caindo aos pedaços e aquele clima interessante de sol e neblina. Carlota tirou algumas fotos bacanas. Não nos prolongamos muito, nem comemos nada, pois ainda queríamos dar um pulo no Parque Guapituba em Mauá. De qualquer forma, valeu pelo passeio, novamente ticado, pretendo voltar para refazer algumas trilhas da região e tentar algumas coisas novas.


Mauá - Parque Ecológico Guapituba (SP)

Passeio super rápido pelo Parque Ecológico Guapituba, situado na cidade de Mauá, duas estações antes de Rio Grande da Serra, linha 10 CPTM. Fica literalmente em frente à estação. Já tinha visto no site CPTM e me deu uma mini curiosidade de conhecê-lo. Também conhecido como Parque Ecológico Alfredo Klinkert Junior, é um lugar calmo porém um pouco mal conservado. Olhando aqui na net, a palavra "Guapituba" seria uma palavra de origem tupi, podendo significar "o abundante de aguapé" ou "rio onde há muito aguapé". Talvez explique o fato do laguinho e dos córregos estarem tomados pelo vegetal. Possui algumas ladeiras bem arborizadas e um projeto paisagístico interessante, porém abandonado. É visível um pequeno reflorestamento com eucaliptos e palmeiras/palmito. Existem jardins e alamedas para uma caminhada agradável. Avistamos algumas trilhas (com placa de passeio monitorado) mas devido ao tempo escasso não nos aventuramos por elas. Quanto à fauna, fomos agraciados por alguns tucanos (bico verde) que gritavam ao entardecer. Ticado, não pretendo voltar.